quinta-feira, 29 de março de 2007

Estrutura de Capital

A estrutura de capital é determinada pelo composto de endividamento a longo prazo e capital próprio que uma empresa utiliza para financiar suas operações. É uma área importante de tomada de decisão que afeta diretamente o custo de capital, as decisões de investimento de capital e o valor de mercado. Devido a sua ligação direta com o preço da ação, o administrador financeiro deve orientar cuidadosamente a estrutura de capital para proporcionar benefício máximo aos proprietários da empresa. É uma das áreas mais complexas de tomada de decisão financeira.


Os dois tipos básicos de capital são: de terceiros e próprio. Capital significa fundos da empresa a longo prazo. O capital de terceiros inclui qualquer tipo de fundos a longo prazo, obtidos via empréstimo. O capital próprio consiste de fundos a longo prazo, fornecidos pelos proprietários da empresa. Na estrutura de capital a preocupação não é com os tipos específicos de capital próprio, mas com a relação global entre capital de terceiros e próprios. Os fornecedores de capital próprio assumem risco maior do que o capital de terceiros, portanto, devem ser compensados com retornos mais elevados.

Risco e estrutura de capital:
O risco preponderante do negócio tende a atuar como insumo no processo decisório da estrutura de capital, cuja saída é um determinado nível de risco financeiro. Devido à ligação direta entre valor e risco, o administrador financeiro deve entender o papel do risco financeiro e do negócio no processo decisório da estrutura de capital.

Risco do negócio: Quanto maior o custo operacional fixo de empresa, maior será seu risco de negócio. Quanto maior for o risco do negócio, mais cuidadosa deve ser a empresa ao estabelecer sua estrutura de capital. Empresas com risco do negócio elevado tendem, portanto, a estruturas de capital menos alavancadas e vice-versa.

Risco financeiro: A estrutura de capital da empresa afeta diretamente o risco financeiro que é o risco resultante da alavancagem financeira (relação entre lucros antes de juros e impostos (LAJIR) e lucros por ação (LPA)). Quando mais uma empresa tiver de financiamento com custo fixo – empréstimos e ações preferenciais – em sua estrutura de capital, maior será seu risco financeiro. O administrador financeiro deve estimar o impacto potencial de estruturas alternativas de capital sobre esses fatores e, por último, sobre o valor, a fim de selecionar a melhor estrutura de capital. Os ofertantes de fundos elevarão os custos dos fundos à medida que a empresa aumenta a sua alavancagem financeira.

Teoria básica da estrutura de capital: “Estrutura ótima de capital” tem inúmeras suposições e funções de custo que fazem parte da teoria tradicional de estrutura de capital.

Suposições:
* Financiamento através de debêntures e ações: essa suposição simplifica a representação gráfica da análise, já que são necessárias apenas duas dimensões.

* Taxa de distribuição de dividendos de 100 %: essa suposição elimina lucros retidos como fonte de financiamento.

* Inexistência de imposto de renda: o imposto de renda será ignorado aqui para simplificar a análise.

* LAJIR constante: as distribuições de LAJIR futuros são conhecidas e o valor esperado de cada distribuição de LAJIR anual é constante, facilitando a determinação de uma estrutura ótima de capital.

* Risco de negócio constante: o fato de manter o risco do negócio constante possibilita-nos isolar os efeitos do risco financeiro (alavancagem financeira).

* Variações na alavancagem financeira: a empresa diminui os efeitos do risco vendendo ações e usando os recebimentos para resgatar debêntures. A alavancagem é elevada pela emissão de debêntures e uso dos recebimentos para adquirir ações. Mantendo-se o financiamento total constante, torna-se mais fácil isolar os efeitos das variações da estrutura de capital sobre o valor da empresa.

A fim de determinar o valor da empresa sob estruturas de capital alternativas, deve-se ligar o risco associado a cada alternativa à taxa de retorno exigida pelo mercado. Dado que o preço da ação é o resultado de interações entre participantes de mercado, a empresa deve determinar o nível do retorno que ela deve obter para compensar os investidores e proprietários pelo risco em que estão incorrendo.

Considerações importantes:
* Fluxo de caixa: quando se considera uma nova estrutura de capital, o interesse básico da empresa deve se fixar em sua habilidade de gerar os fluxos de caixa necessários para cumprir obrigações.

* Estabilidade da receita: as empresas com receitas previsíveis e estáveis podem assumir sem alarme as estruturas de capitais mais alavancadas do que as empresas com padrões voláteis da receita de vendas.

* Obrigações contratuais: restrições contratuais sobre a venda de novas ações, bem como sobre a distribuição de dividendos exemplificam que obrigações contratuais anteriores podem limitar as decisões de estrutura de capital da empresa.

* Preferências da administração: devido à aversão ao risco, a administração da empresa limita sua estrutura de capital a determinado nível, o qual pode ser ou não o nível verdadeiro ótimo.

* Avaliação externa do risco: a capacidade da empresa levantar fundos rapidamente e a taxas favoráveis dependerá claramente das avaliações externas de risco pelos credores e classificadores da posição financeira.

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